A Associação Internacional de Comércio de Emissões (IETA) apresentou nesta semana, no Fórum de Carbono da Ásia, a sua primeira edição do 'Guia do Usuário' para o comércio de carbono na China. O relatório faz uma análise dos sete esquemas piloto de emissões do país, detalhando o desenvolvimento e aplicação de suas políticas.

O documento é a primeira tentativa da associação de observar mais profundamente todos os aspectos dos sistemas piloto de comércio de emissões, que ainda estão em desenvolvimento e implementação. O texto também oferece uma visão em longo prazo sobre as perspectivas de um mercado de carbono nacional na China.

Para realizar a análise, a IETA avaliou os resumos feitos em oficinas (Parceira Empresarial para Preparação de Mercados – B-PMR) realizadas pela própria associação nos últimos 18 meses sobre os esquemas piloto (Pequim, Tianjin, Hubei, Chongqing, Guangdong, Xangai, Hangzhou e Shenzhen).

As B-PMRs foram organizadas pela IETA para levar às empresas e legisladores locais, principalmente do sul da China, o apoio ao desenvolvimento de boas práticas empresarias na operação e criação de instrumentos de mercado para reduzir as emissões de gases do efeito estufa em novas jurisdições que estão desenvolvendo políticas de comércio de emissões e precificação de carbono.

Depois disso, a associação complementou essas avaliações, sugerindo como os sistemas se encaixam no desenvolvimento de um mercado nacional. Para realizar essa análise, o relatório incorporou a recém-lançada metodologia CCer.

Ao todo, o guia inclui: um sumário dos planos da China para um mercado nacional de carbono, uma avaliação da metodologia CCer, um panorama e análise sobre a taxação ambiental na China e um possível imposto de carbono, um sumário comparativo das diferenças na criação dos sete esquemas piloto, e as dinâmicas entre diferentes agências governamentais e seu papel na implementação de um mercado de carbono nacional.

“A China é uma das áreas mais importantes para o crescimento dos mercados de carbono no mundo. O interesse da China reflete uma tendência mais ampla de mercados de carbono como a ferramenta política preferida para lidar com as emissões de gases do efeito estufa no mundo”, colocou Dirk Forrister, presidente e CEO da IETA.

“Esperamos que esse Guia do Usuário seja um recurso útil para ajudar os membros da IETA e a comunidade política a seguirem as tendências e desenvolvimentos no comércio de emissões por toda a China”, acrescentou Forrister.

Além do lançamento do guia para a China, a IETA também apresentará no Fórum de Carbono da Ásia uma atualização de estudos de caso relacionados a mercados de carbono asiáticos. Devem ser apresentados exemplos dos mercados da Austrália, China, Coreia, Japão e Nova Zelândia.